sábado, 29 de agosto de 2009

Ouro Preto 2050

Como será a cidade de Ouro Preto? Como ela poderá crescer? Como gerir o caos urbano? Ao conhecer a cidade de Ouro Preto, vi o que a ausencia de planejamento do seu território nos ultimos 30 anos, periodo em que a população dobrou, provocou: o crescimento desordenado, a favelização, a precariedade e a mutilação do patrimonio cultural local. Passivo político-social que deve ser resolvido.
O questionar a atual situação e a previsão dos caminhos futuros foi e é uma discussão acalourada entre Arquitetos e Engenheiros que pensam a cidade em longas noites nessas ladeiras.
Varias idéias já estão publicadas e agora junto a colaboração de colegas e amigos e tantos outros que já pensaram, trabalharam, conseguiram ou não melhorar essa cidade.
Pensar em 2050 é pensar hoje! A cidade está feito de angu de caroço. Presa sob os morros é refem da inercia do poder público e a necessidade anônima dos seus crescentes habitantes.
Organizar? Reutilizar? Conversar? Ver? Tudo isso e mais um pouco.. segue o resultado de nossas conversas:



Serra de Ouro Preto - Mariana (Serra do Veloso, São Francisco, São Sebastião, Queimada, São João, Taquaral, Passagem, Gogo, Santo Antonio);
Levantamento histórico, arqueológico e contextualização com o todo urbano, levantamento espeleológico do complexo minerador da serra, Questão fundiária e pressão sob o meio natural e patrimônio cultural, estudo socioeconômico da população, estudo tipológico das ocupações, escolha de padrão tipológico a ser adotado, projeto de equipamentos urbanos, Praças, Equipamentos comunitários e serviços urbanos, estudo da cota altimétrica máxima, possibilidades econômicas e turísticas.

Melhoria viária e de acessibilidade do Distrito Sede;

O Anel Viário, o conjunto de Vias existentes e projetadas (Vias Perimetrais e Vias Radiais), pontes e melhorias viárias com o objetivo de organizar o fluxo de veículos e proporcionar o deslocamento entre os extremos da cidade sem a necessidade de passar pelo Centro. Estruturando a circulação de veículos, veículos pesados e ônibus. As novas vias projetadas destinadas à integração dos diversos bairros que compõe a cidade, permitirão o rápido deslocamento entre os mesmos, junto às quais deverão ser localizados futuros modais do sistema de circulação, como ciclovias, calçadões e Terminal de Integração do transporte coletivo.

Perimetrais:
Norte interligando a serra de Ouro Preto pela cumeada Jacuba - São Sebastião - São João – Taquaral (nova);
Oeste interligando o Passa Dez - Nsra. Lourdes – Saramenha (Ponte sobre o funil e duplicação da Avenida Lima Jr.);
Leste interligando o Taquaral – Santa Cruz – Pocinho, duplicação da XV de Agosto trevo na Farmacêutico Duilio Passos e ponte sobre o ribeirão Funil com ligação com a Rua Desidério de Matos e sobre o ribeirão do Carmo;
Sul interligando Jacuba – Passa dez – Saramenha – Pocinho (BR-356).
Radiais:
Via Barra – Lagoa – Pocinho(nova), paralela a Ladeira do Gambá com trevo de ligação com a Perimetral Leste;
Ponte Lagoa – Santa Cruz(nova);
Via Taquaral – Santana(nova)

Dinamização e fluidez do trafego
Rotatória ao lado do Solar das Lajes

Acessibilidade e mobilidade Urbana
Guarda Corpo em todas as escadarias e escadões

Planos inclinados de transporte público
Vila Aparecida: Rua Glaura
Alto da Cruz - Santana: XV de Agosto
Queimada: Airton Senna até XV de Agosto
Piedade: Ladeira da Piedade

Melhoria viária e de acessibilidade dos Distritos;
Asfaltamento da Via entre Santo Antonio do Leite e Miguel Burnier.
Anel Rodoviário Cachoeira do Campo (por trás do Vista Alegre até o trevo de Santo Antonio do Leite) para o desvio do trafego pesado de caminhões do Centro de Cachoeira.
Via direta calçada para Antonio Pereira pela Via do Campo Grande de Vila Rica.
Via direta calçada para Lavras Novas
Via direta calçada para São Bartolomeu pela Via do Alto do Beleza

Contenção do crescimento desordenado;
Georreferenciamento, cercamento das áreas de interesse e “congelamento” edilício. Controle sobre os marcos e as cotas máximas de ocupação, cadastro de todas as famílias envolvidas em invasões, ações correlatas entre os órgãos afinas da prefeitura para o monitoramento efetivo.

Iluminação Pública, Energia e Dados;
Cabeamento subterrâneo do caminho tronco, entorno imediato e Núcleos dos Distritos, Shafts urbanos de inspeção.

Mobiliário urbano e sinalização;
Concebido a custo zero, publicidade paga o equipamento, materiais e formas mais econômicas e de fácil manutenção.

Ainda sobra:
Água contaminada por elementos-traço em toda a Serra de Ouro Preto
Insalubridade das edificações
Falta de áreas de lazer
Falta de áreas arborizadas
Transporte público deficitário no distrito Sede
Transporte público praticamente Nulo em alguns Distritos (uma linha por dia)
Uma lista de problemas, um dever de casa que acumula a cada dia, e quem paga a conta?


Urbarquitetura

  • termo que se refere ao pensamento da coisa urbana, da distribuição racional, intencional, com tecnica sobre o território.